A nutrição tradicional é baseada na ideia de que a alimentação deve fornecer nutrientes adequados e equilibrados para o corpo, visando a prevenção de doenças e a manutenção da saúde. Desta forma, o foco está em uma alimentação balanceada, com alimentos de todos os grupos alimentares em quantidades adequadas de acordo com cálculos em gasto energético e metabolismo basal.  

Já a nutrição funcional tem como objetivo identificar e corrigir desequilíbrios nutricionais e metabólicos que podem estar causando sintomas ou doenças em um indivíduo. Essa abordagem individualizada busca entender as necessidades de cada pessoa, levando em conta aspectos como genética, ambiente, estilo de vida e histórico médico. 

A nutrição funcional também preconiza o uso de alimentos naturais e minimamente processados, evitando o consumo excessivo de alimentos industrializados e refinados. Além disso, o tratamento pode incluir o uso de suplementos nutricionais e fitoterápicos, se necessário. 

Qual é o princípio da nutrição funcional? 

O princípio da nutrição funcional é prevenir antes de adoecer, além de identificar o fator desencadeante, eliminar sintomas, regredir ou curar doenças.  

Como isso acontece? O nutri funcional investiga e faz a conexão de todos os sistemas fisiológicos do organismo, analisando os sinais e sintomas do paciente e os relaciona com o desequilíbrio de nutrientes, o que gera sobrecarga no sistema imune e consequentes processos alérgicos e inflamatórios, por exemplo.  

Esses processos causam depressão, obesidade, fibromialgia, artrite, obesidade, osteoporose, doenças autoimunes, déficit de atenção, hiperatividade, cansaço, fadiga, diminuição da performance física, ansiedade, desordens estéticas, entre muitas outras alterações. É por isso que, em alguns casos, se fala em nutrição funcional e emagrecimento, nutricionista funcional integrativa ou então em nutricionista funcional e esportiva. 

Quais os 5 pilares da Nutrição funcional? 

Comparada à nutrição convencional, a nutrição funcional tem suas particularidades, afinal, ela trabalha as individualidades bioquímicas e os efeitos dos alimentos no organismo de cada paciente.  

A nutrição clínica funcional possui cinco pilares fundamentais, que são: 

1. Individualidade bioquímica: nossa expressão gênica depende de fatores ambientais e de nossos hábitos. Por isso, a nutrição funcional busca integrar genética, alimentação e fatores ambientais para de certa forma modular nossos genes positivamente, reduzindo as expressões dos que são mais propensos a desenvolver alguma doença. 

2. Tratamento centrado no paciente: a medicina tradicional tem como foco o tratamento da doença, diferente da nutrição. Na nutrição funcional, a ideia é justamente tratar o paciente como um todo, e todas as inter-relações de sistemas que podem contribuir para que ele esteja naquela situação: fatores ambientais, emocionais, alimentares, patológicos, entre outros. 

3. Equilíbrio nutricional e biodisponibilidade de nutrientes: pensando na individualidade de cada paciente, é importante prescrever uma dieta equilibrada para as necessidades do mesmo, pensando sempre na absorção e utilização completa desses nutrientes pelo organismo. 

4.  Inter-relações com fatores fisiológicos: devido ao fato da nutrição funcional tratar o paciente como um todo, todo o organismo deve ser levado em consideração. O corpo humano é uma rede interligada de sistemas, e por isso, quando algo não vai bem, estes sintomas podem afetar o restante. Assim é possível tratar também a causa dos problemas. 

5. Saúde como vitalidade positiva: o conceito de saúde não se baseia apenas na ausência de doença, mas sim o equilíbrio entre sintomas físicos, mentais e emocionais. 

Quais são os benefícios da nutrição funcional? 

A nutrição funcional pode trazer incontáveis benefícios para a saúde e o bem-estar do paciente. Destacamos os principais:  

Controle do estresse: a nutrição funcional pode ajudar a equilibrar o sistema nervoso, reduzindo os efeitos negativos do estresse no corpo. 

Prevenção de doenças: a nutrição funcional busca identificar e corrigir desequilíbrios nutricionais específicos que podem levar ao desenvolvimento de doenças. 

Tratamento de doenças: a abordagem individualizada da nutrição funcional pode ajudar a tratar doenças crônicas, como diabetes, obesidade, doenças autoimunes e doenças cardiovasculares. 

Melhoria da digestão: a nutrição funcional pode ajudar a melhorar a digestão e a absorção de nutrientes, o que pode levar a uma maior eficiência do organismo na utilização dos alimentos. 

Redução de inflamações: a dieta funcional promove o consumo de alimentos anti-inflamatórios, reduzindo processos inflamatórios no corpo. 

Aumento da energia e disposição: uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades do organismo pode melhorar a disposição e aumentar a energia. 

Melhoria do sono: uma dieta funcional pode ajudar a melhorar a qualidade do sono, o que pode levar a uma maior sensação de bem-estar.